segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA (1931) - SALVADOR DALI


Esta obra tem sua origem em um sonho do pintor, referente a um queijo de pasta mole chamado camembert. O autor da obra traz imagens de relógios derretendo, com isso faz uma alusão ao tempo que não conseguimos deter e que se esvai entre nossos dedos. Mesmo o tempo sendo efêmero, pouco duradouro, a memória tem um aparecimento repentino que impulsiona momentos que foram de alguma forma significativos, traduzidos em experiências positivas ou negativas que contribuem para a construção do nosso eu.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

RELAÇÃO DO FILME COLCHA DE RETALHOS COM O TEXTO O EU, O OUTRO E AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E CULTURAIS


Este texto tem como objetivo abordar a análise do filme Colcha de Retalhos relacionando ao texto O eu, o outro e as diferenças individuais e culturais de Elizeu Clementino Souza.
O filme colcha de Retalhos dirigido por Jocelyn Moorhouse retrata a história de uma jovem estudante, de nome Finn, que viaja para a casa da sua avó com o objetivo de terminar sua tese de mestrado e ao chegar, ela depara com um grupo de mulheres que se reuniam para costurar uma colcha de retalhos, a qual seria o seu presente de casamento.
A protagonista do filme que era noiva se mostra um tanto quanto duvidosa quanto ao seu casamento e partilha esse sentimento a sua avó. Ao saber que aquela colcha que estava sendo costurada por aquelas mulheres tinha grande valor para cada uma ali presente, passou a dar atenção em suas histórias e percebeu que cada retalho costurado, possuía um símbolo que representava um momento significativo na vida daquelas pessoas. Notou que ao ouvi as experiências de vida daquelas mulheres, ela também passava a refletir sobre as suas, conforme Souza (2005, p. 32) “É na dinâmica da vida e nas histórias tecidas no nosso cotidiano que aprendemos dimensões existenciais e experienciais sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o meio em que vivemos”.
Finn compreende o quanto é valioso poder conhecer as experiências daquelas mulheres e escutava com atenção e respeito todas as histórias que envolviam amor, revolta e desilusão. Ao longo do filme se envolve com outro rapaz, o que a coloca em conflito com os seus sentimentos, pois já não tinha certeza se desejava casar ou não. Por fim, ela descobre que aquelas mulheres ao partilhar suas vivências, postergaram seus momentos negativos das suas histórias de vida, superando-os e ressignificando-os.
Dessa forma, entende o quanto foi precioso estar naquele lugar, e se deixar envolver com estas experiências, Souza (2005, p. 36) relata que “os saberes e a história de vida são significativas para a aprendizagem profissional”. Mediante reflexão sobre estes momentos vividos, Finn consegue redimensionar e fazer uma nova configuração da sua vida tanto pessoal quanto profissional.


REFERÊNCIAS:
MOORHOUSE, Jocelyn. Colcha de Retalhos. EUA, 1995.

SOUZA, Elizeu Clementino. O eu, o outro e as diferenças individuais e culturais. In Espaços de encontro: Corporeidade e Conhecimento. Ministério da Educação. Boletim 7, maio 2005.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

DRAMATIZAÇÃO DA POESIA A PORTA DE VINICIUS DE MORAES

A aula do dia 22 de outubro foi bem diferente. Após distribuir várias poesias de Vinícius de Moraes, o professor Mácio Machado dividiu a turma em pequenos grupos e pediu que usássemos a criatividade para transformar a poesia em paródia, história ou o que achássemos melhor.
O meu grupo ficou composto pelos colegas: Rubenildo, Tarcísio, Eliene e Osias. Ficamos com a poesia A Porta de Vinícius de Moraes, resolvemos recitar e ao mesmo tempo encená-la. Osias ficou dentro da sala e começou a recitar a primeira estrofe.
 A PORTA
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta

Na segunda estrofe, quando ele recitou:
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
O colega Rubenildo estava de joelhos com um pirulito na boca, imitando um menino e entrou na sala.
Quando ele disse:
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Entraram na sala abraçados Tarcísio e Eliene.
Osias prosseguiu:
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Então eu entrei, com uma panela na mão e um lenço na cabeça.
Depois ele recitou:
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão
Nesse momento imitando o postura de um capitão e batendo continência entrou Rubenildo.
E por fim ele recitou:  
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Logo após, Tarcísio abriu a porta e a empurrou com o pé.
Daí então, Osias terminou de recitá-la e finalizamos nossa apresentação.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!

domingo, 28 de outubro de 2012

Autoformação – Ressignificando nossas experiências (com o eu, o outro e o meio) para nos reconstruímos.

Na aula do dia 17 de outubro de 2012,  a temática esteve voltada para a autoformação, tendo como referência os autores Gaston Pineu e Inês F. de S. Bragança que estabelecem como base esse tema como um desafio para a formação de professores, mas que pode contar muito nas suas experiências, pois através deste renovam-se as possibilidades.
Segundo Inês Bragança (2011) vivemos “nessa rede de interdependência”, e para nos constituirmos como sujeitos, necessitamos de um conjunto de elementos que são construídos nas nossas relações com o nosso eu, com o meio em que vivemos e com as outras pessoas. O conhecimento adquirido nessa relação pode servir de transformação, se for submetido a um processo de constante reconfiguração e reflexão, no sentido de poder adicioná-lo de forma positiva para potencializarmos o nosso desenvolvimento interior.   
O autor  Gaston Pineau em sua teoria apresenta três configurações  da formação humana: auto, hetero e ecoformação. A autoformação diz respeito ao pessoal, uma reflexão sobre fatos passados que podem ser ressignificados no presente para possibilitar um futuro melhor. A heteroformação se refere as experiências nossas que sofrem ações de outros, por fim a ecoformação onde envolve a nossa ação com o mundo, o trabalho, a cultura, o meio que nos envolve.
Com base nesta concepção, podemos compreender que a nossa formação como educadores não depende só exclusivamente da nossa autoformação, ou seja, modificar momentos vividos em experiências significativas, mas nos percebermos neste universo onde a ação do outro pode estar contribuindo para o meu crescimento interno, que pode ser de forma coletiva, intensa e consistente.  
REFERÊNCIAS:
PINEAU, Gaston. A autoFormação no decurso da vida.
 Disponível em http://forumeja.org.br/files/autopineau.pdf  acesso em 28/10/12
BRAGANÇA, Inês Ferreira de Souza. Sobre o conceito de formação na abordagem (auto)biográfica. Disponível em http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/8700/6352 acesso em 28/10/12

domingo, 30 de setembro de 2012


Este blog tem como tema “Resgate da Memória” e servirá de instrumento para registrar fatos lembrados, os quais obterão configurações novas, através de um olhar mais crítico.
Após análise, estas lembranças serão salvas no banco de dados das experiências válidas do meu eu, pois, sejam elas positivas ou negativas, contribuíram de certa forma  para a minha autoformação.
Acredito ser importante o resgate das memórias, pois corremos o risco das mesmas se perderem nos corredores escuros da nossa mente, é um ótimo exercício que tem como finalidade nos reconstruirmos como pessoa e profissional. 

COMO EU GOSTARIA DE SER ENSINADA NA INFÂNCIA

Para que seja possível uma maior oportunidade de aprendizagem por parte da criança, é necessário que o ambiente seja totalmente acolhedor, assim a mesma se sentirá segura.  O educador deve ser capacitado para intermediar o conhecimento de forma criativa, dinâmica e acessível a faixa etária da criança.
É neste espaço que gostaria que tivesse acontecido o meu primeiro contato com as atividades escolares. Onde a professora fosse capaz de criar um clima mais adequado para que sua atuação se tornasse mais interessante na minha visão e dos demais. Através da exposição e leitura de livros que pudessem me transportar para um mundo de fantasia, e deste modo conceber o conhecimento de forma prazerosa.
Desenvolver atividades ligadas a leitura, a escrita, a música, a arte, possibilitando despertar-me para a importância e a necessidade de tal atividade.
Acredito que se minha infância tivesse acontecido em um ambiente escolar que fosse voltado para uma aprendizagem emancipatória  com profissionais comprometidos, que apontassem meus erros na expectativa de que eu os superassem e não como forma de punir, tenho certeza de que esta prática incidiria de forma direta e positiva no meu desenvolvimento em potencial.